A Emerge Brasil, com apoio do Cubo Itaú e da CAS, acaba de lançar o Radar Deep Tech 2025 e a Feira de Startups & Prêmio Deep Tech do Ano, oferecendo diversas oportunidades exclusivas para as startups latino americanas.

Em 2025, enquanto crises climáticas, sanitárias e energéticas se entrelaçam de forma sem precedentes, a humanidade enfrenta uma encruzilhada: continuar mitigando problemas com soluções incrementais ou abraçar a disrupção radical que as deep techs oferecem. O relatório “Global Risks 2025”, do Fórum Econômico Mundial, alerta que 60% das ameaças críticas ao planeta exigirão avanços científicos profundos para serem resolvidas — algo que apenas empresas com DNA deep tech podem entregar.

Por que Deep Techs são a chave para o presente e o futuro?

As deep techs representam a convergência entre ciência de ponta e empreendedorismo audacioso. Elas nascem em laboratórios de pesquisa, exigindo anos de P&D, colaboração multidisciplinar e investimentos relevantes. Enquanto startups tradicionais focam em “aplicativos para resolver problemas do século XXI”, as deep techs questionam: “E se reinventássemos as bases da própria indústria, da medicina ou da produção de energia?”

No entanto, esse potencial esbarra em gargalos críticos:

• Valley of Death do P&D: 70% das deep techs falham antes de sair do laboratório, segundo a OECD (2025), por falta de financiamento para escalar protótipos.
• Falta de Ponte entre Ciência e Mercado: No Brasil, apenas 12% das patentes depositadas por universidades viram produtos comerciais (dados INPI, 2025).
• Regulação Despreparada: Tecnologias como edição genética e IA explicável enfrentam marcos legais obsoletos, travando testes e adoção.
• Falta de Talento Especializado: A América Latina tem apenas 3 engenheiros quânticos para cada 1 milhão de habitantes, contra 27 na Europa (UNESCO, 2025).

Essas barreiras explicam por que, mesmo com o Brasil sendo o 3º maior produtor de artigos científicos em energia renovável (Nature Index, 2025), menos de 10% dessas pesquisas viram startups. Enquanto isso, países como Coreia do Sul e Canadá já canalizam 30% de seus fundos de inovação para deep techs, criando ecossistemas onde cientistas viram CSOs/CEOs e patentes viram IPO.

O momento da América Latina: potencial vs. urgência

Com a crescente escassez global de matérias-primas críticas (como lítio e terras-raras), a LATAM, dona de 40% da biodiversidade mundial e 60% dos recursos minerais estratégicos, pode deixar de ser exportadora de commodities para ser líder em soluções deep tech desde biomineração sustentável até novos materiais para a indústria 5.0.

Mas o tempo é curto. Segundo a Singularity University (2025), tecnologias como fusão nuclear e nanomedicina atingirão maturidade comercial até 2030. Se as Deep Tech latino americanas não acelerarem agora, correm o risco de, mais uma vez, importar inovação em vez de exportá-la.

O potencial da América Latina: avanços e oportunidades em 2025

A partir dos dados abordados, a América Latina emerge como um ecossistema de inovação com singularidades e oportunidades únicas. Em 2025, a região combina recursos naturais estratégicos (65% do lítio global e 40% da biodiversidade terrestre), capacidade científica crescente e um mercado digital em expansão. Como pode ser comprovado no estudo feito com as mais de 875 Startups mapeadas no Relatorio Deep Techs Brasil 2024, onde se enxerga áreas como saúde, agropecuária e energia renovável sendo promissoras e dentro desse contexto o foco por tecnologias de ponta, sejam inteligências artificiais ou inovações no campo da biotecnologia e nanomateriais. No entanto, ainda assim persistem gargalos históricos que exigem ações coordenadas para converter potencial em competitividade global.

Dentro de um contexto latino americano temos o Brasil como um destaque até o momento, subindo para a 25ª posição no Global Creativity Index 2025, enquanto sua produção científica cai para o 14º lugar no ranking Sciamago, mesmo com um direcionamento para investimentos em parcerias público-privadas. No entanto, os desafios persistem: embora o país tenha subido para o 48º lugar no Global Innovation Index 2025, ainda há um abismo entre a pesquisa acadêmica e sua aplicação prática. Segundo o relatório “Deep Tech na América Latina: Pontes para o Futuro” (IDB, 2025), o Brasil responde por 42% das startups deep tech da região, um crescimento notável em relação aos 30% de 2023. Embora isso represente um avanço, o país ainda não atingiu seu pleno potencial, considerando que abriga 60% dos pesquisadores e 55% das patentes depositadas na América Latina.

No entanto, os desafios são comuns a diversos países da região latino americana. A desconexão histórica entre universidades, indústria e mercado continua a ser um gargalo para o desenvolvimento de um ecossistema de inovação mais robusto. Ainda assim, a América Latina precisa transformar sua excelência científica em competitividade global, enfrentando desafios como o financiamento insuficiente, a falta de integração entre os diferentes atores e a escassez de políticas públicas eficazes que favoreçam a transferência de tecnologia.

Para 2025, um objetivo para a região é estreitar ainda mais a colaboração entre governos, empresas, universidades e centros de pesquisa, estimulando a inovação que pode colocar a América Latina em um novo patamar de competitividade global. Com a expertise acumulada em setores como energias renováveis, bioeconomia, e tecnologias médicas, a região tem a oportunidade única de se posicionar como um centro global de soluções inovadoras, especialmente se houver uma integração mais eficaz entre seus atores científicos e industriais.

Duas oportunidades para acelerar a Revolução Deep Tech em 2025

Para superar essas barreiras e impulsionar o ecossistema, a EMERGE, com apoio do Cubo Itaú e da CAS – a division of the American Chemical Society, abre as inscrições para duas iniciativas transformadoras:

Radar Deep Tech LATAM 2025

• O Radar Deep tech LATAM 2025 é um projeto que visa mapear, entender padrões, direcionar estratégias e tendências para o contexto deep tech latino americano, trazendo dados atualizados e reais importantes para políticas públicas, investimentos e muito mais.

Feira de Startups & Prêmio Deep Tech do Ano

• A Feira de Startups & Prêmio Deep Tech do Ano vem com o objetivo de proporcionar às startups a oportunidade de apresentar suas ideias, produtos e visões, além de reconhecer e premiar as startups de base científica que se destacaram por suas atividades, contribuindo significativamente para empreender e levar suas pesquisas da bancada até o mercado. 

Por que Participar em 2025?

• Conexão com mercado Global.

• Validação Científica e Mercadológica: As iniciativas priorizam projetos com proof of concept validado, ajudando a reduzir riscos em P&D e atrair investimentos semente.

• Visibilidade: O Prêmio Deep Tech do Ano e a Feira de Startups oferecem exposição midiática e credibilidade, importante para startups em qualquer estágio.

Como se inscrever

Todas as inscrições deverão ser realizadas por meio da Plataforma Converge, a plataforma Emerge de conexões com soluções deep tech.

Acesse converge.emergebrasil.in/pt/ para iniciar o processo.

Se você ainda não possui uma conta na Plataforma Converge, será necessário cadastrar-se. Caso já tenha uma conta, basta fazer login com suas credenciais.

Dentro da plataforma, na aba de “Oportunidades”, localize e preencha o formulário de inscrição para a oportunidade que despertou seu interesse, tendo como títulos: “Radar Deep Tech LATAM 2025” ou “Feira de Startups & Prêmio Deep Tech do Ano 2025”, lembrando que você pode se inscrever em ambas as oportunidades caso for do seu interesse. É essencial que todas as informações solicitadas sejam fornecidas com precisão e completude, incluindo detalhes sobre a base científica e tecnológica da startup, estágio atual do negócio, equipe, entre outros.

O Momento É Agora

De acordo com a Startup Genome (2025), o ecossistema global de deep tech deve movimentar US$ 1,5 trilhão até 2030, em um contexto mais regional em 2024, as startups deep techs brasileiras receberam um aumento de 20% nos investimentos em comparação a 2023, totalizando R$ 1,5 bilhões.” com a América Latina emergindo como um polo de soluções para problemas tropicais, como desertificação e epidemias. Com sua biodiversidade única e capacidade técnica, o LATAM tem tudo para liderar essa revolução — desde que integre ciência, empreendedorismo e mercado.

Inscrições abertas até 30 de junho de 2025.

Junte-se à nova onda de inovação. Sua tecnologia pode ser a resposta que o mundo espera.